Sentado no banco, quase imóvel
crescem galhos do teu peito, daqueles que quebram ao toque.
Não gemes, existes apenas
como se fosse corriqueiro
alguém ter galhos secos a sair do corpo.
Tens o pensamento noutro lado,
sem consciência que o tempo é agora
e não antes ou depois.
Não sei que árvore serás
imaginava-te transformado num castanheiro ou num carvalho,
qualquer coisa imponente mas,
aí sentado, pareces tão frágil,
sem folhas, nem frutos,
só galhos secos a dobrarem a alma.